quinta-feira, 31 de maio de 2012

Felizmente Há Luar! - Paralelismo entre o passado representado e as condições históricas dos anos 60: denúncia da violência e da opressão

Esta peça tem como cenário o ambiente político dos inícios do século XIX, onde existe uma conspiração encabeçada por Gomes Freire de Andrade, que pretendia o regresso do Brasil do rei D. João VI e que estava contra a presença dos ingleses em Portugal; esta ao ser descoberta foi reprimida com muita severidade: os conspiradores foram queimados publicamente e Lisboa foi convidada a assistir.

Pelo conteúdo fortemente ideológico da obra, vê-se claramente que Luís de Sttau Monteiro marca uma posição e denuncia a opressão vivida na época em que escreve a obra, em 1961, precisamente na ditadura de Salazar.

Com a distanciação histórica e a descrição das injustiças praticadas no passado em que decorre a acção, o autor colocou também em destaque as injustiças do seu tempo e a necessidade de lutar pela liberdade.

Percebe-se facilmente que a estória serve de pretexto para uma reflexão sobre os anos 60, do século XX. 




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