quinta-feira, 31 de maio de 2012
Felizmente Há Luar! - Acção
A obra recria, em dois actos, a tentativa frustrada de revolta liberal de Outubro de 1817, reprimida pelo poder absolutista do regime de Beresford e Miguel Forjaz, com o apoio da Igreja, ao mesmo tempo que chama a atenção para as injustiças da política no tempo de Salazar, nos anos 60 do século XX, existe, assim, um paralelismo entre duas épocas.
A acção centra-se na figura do general Gomes Freire de Andrade e da sua execução e nesta há que destacar a defesa da liberdade e da justiça. Como consequência desta defesa, os conspiradores são presos e isto provoca o sofrimento das personagens e desperta a compaixão do espectador. Ao longo da obra existe um crescendo trágico, representado pelas diversas tentativas desesperadas para obter o perdão; isto acaba com a execução pública do general Gomes Freire e dos restantes presos. Este desfecho trágico conduz a uma reflexão purificadora que os opressores pretendiam dissuasora, mas que despertou os oprimidos para os valores da liberdade e da justiça.
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